Minha melhor amiga e companheira partiu
aos 11 anos e 3 meses.
Chegou de mansinho na minha vida aos dois meses de idade, viemos de Belo
Horizonte a Divinópolis, e durante a viagem cantei vários mantras para ela.
Quando ela fez oito meses de idade, fui morar em apartamento e ela foi morar
na casa de meus pais e seu Delfim a tratou com pão de ló.
Minha irmã Ana Paula, após a partida de meu pai, assumiu os cuidados dela, participando até o final.
Minha irmã Ana Paula, após a partida de meu pai, assumiu os cuidados dela, participando até o final.
Todos os dias ia visitá-la e fazíamos
caminhadas quatro vezes por semana e sempre dizia a ela que ainda voltaríamos a
morar juntas, o que cumpri no final de 2011.
Outra promessa que fiz a ela é a de
que não a deixaria sofrer e que seria respeitada quando quisesse partir e como está sendo dolorosa esta etapa.
Em menos de quinze dias ela adoeceu e
partiu, e como sempre foi altaneira, se manteve de pé, vigilante e amorosa.
Se por um lado foi difícil ver minha
querida Chang Lao passar por estes dias, por outro foi uma grande felicidade passar onze anos ao seu
lado...
Foram inúmeras caminhadas, prática de
agility, brincadeiras com suas bolas de beisebol, muitos ataques de lambidas
inesperadas no meio da noite, e a pata sempre me chamando para ir ao jardim
para ficar com ela.
Chang foi muito amada e também amou
muito, de uma fidelidade única , atenta a tudo que eu fazia, quando ouvia o som
da guia vinha correndo, porque já era hora da caminhada.
Chang me conhecia de uma forma
inexplicável, me seguia com os olhos e lidava muito bem com as minhas manias, comemorava minhas alegrias,
ficava junto quando das tristezas.
Ela me ensinou, também, que o tempo
passa muito, mas muito rápido para eles e para nós.
E que a saudade que deixam quando partem é puro amor.
E que a saudade que deixam quando partem é puro amor.
Só tenho a certeza de que em qualquer
dimensão, em qualquer tempo e em qualquer forma estaremos sempre juntas...
porque somos companheiras de jornada evolutiva.